O Dia de Finados é celebrado pela Igreja Católica
no dia 2 de Novembro, logo a seguir ao Dia de Todos-os-Santos. Desde o século
II, os cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para
rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para
rezar por todos os mortos, desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João
XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No
século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, no Brasil
por ser um país predominantemente católico, adotou essa data como feriado
nacional segundo as leis n°10.607/02 e n° 662/49.
Os
protestantes e evangélicos não recomendam a
oração pelos mortos por que essa doutrina é desprovida de apoio Bíblico.
É
durante o estado de vida, que o ser humano é convidado a aceitar a
salvação
pela fé em Cristo Jesus (Gal 2:16; Atos 4:12; I João 5:11-12) e aguardar
o dia
da gloriosa ressurreição onde Deus chamará os que dormem para
devolver-lhes a
vida (I Tess 4:16-17, I Cor 15:51-54). Mas não há nada que se possa
fazer para
ajudar alguém a aceitar essa verdade, depois de descer a sepultura. O
motivo é
que para alguém ser salvo, é necessário crer em Jesus, pois sem Jesus
somos
pecadores perdidos (Rom 3:23; 6:23); confessar
sua condição pecaminosa (I João 1:9; Miq 7:18,19) e arrepender-se dos
seus pecados (Atos 3:19; I João 1:9). Os mortos estão inconscientes,
“não
sabem coisa alguma”, não pensam, nem agem (Eclesiastes 9:5, 6 e 10;
Salmo
146:4). Impossível, portanto, um morto, crer, confessar e arrepender-se
em seu
estado mortal.
O apóstolo João declarou em Apocalipse 14:13 – Bem
Aventurados são os mortos que descansaram no Senhor… ou seja; durante o estado
“vivo”, tomaram a decisão por aceitar o plano da salvação. A felicidade é
creditada pelo fato de que um dia Deus devolverá a vida a estas pessoas e por
isso, a morte é comparada para estes, como um sono.
Embora muitos no dia 02 de novembro, tenham vertido
lágrimas diante dos túmulos pela ausência afetiva e pessoal de um familiar ou
amigo falecido, a Bíblia não nos deixou sem esperança. A morte não será um fim
em si mesma para aqueles que morreram em Cristo. Resta uma esperança a estas
pessoas e a todos que crêem. “Eis que vos digo um mistério: ... os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário
que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e o que é
mortal se revista da imortalidade… Então se cumprirá a palavra
que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó
morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (I Corintios 15:51-55)
É preciso valorizar mais os vivos e não os mortos.
Os vivos podem tomar a decisão por Jesus enquanto são vivos, mas os mortos já estão
com o destino selados pelas escolhas que fizeram em vida. Olhe ao seu redor e
verás pessoas carentes de bons relacionamentos, apoio, carinho, amor, atenção,
mas principalmente, de encorajamento, para “Buscarem o Senhor enquanto se pode
achar…” (Isa 55:6).
Pr. Élio Moreira Santos
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